terça-feira, 17 de abril de 2012


Carrapatos e suas Doenças

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Os carrapatos estão presentes tanto no cão quanto no gato, e você pode achar comum seu cachorro ou gato ter. Mas o que não sabe é que não tirá-lo pode comprometer muito a vida de seu bichinho.
O carrapato não está lá apenas se alimentando do sangue do animal, pode estar transmitindo doenças graves até fatais ao animal e também ao ser humano.
Nos GATOS estão a febre maculosa, erliquiose e a babesiose.
Nos CÃES estão a febre maculosa, babesiose canina, erliquiose canina e a doença de Lyme.
Mas, o que são os carrapatos? São parasitas que se alimentam de sangue. S cicl de vida possui três fases que são larva, ninfa e adulto. As fêmeas podem botar de 200 a 300 ovos por dia. Os carrapatos normalmente se multiplicam em maior quantidade no verão com o aumento de temperatura.
Existem três tipos de carrapatos, o Rhipicephalus sanguineus (conhecido como carrapato vermelho do cão), Amblyomma Cajannense (carrapato estrela) e Dermacentor Variabilis.


Doenças:


Febre Maculosa: ou doença do carrapato causa infecção aguda causada por uma bactéria, a Rickettsia rickettsii. O homem é infectado através da picada do carrapato que eventualmente carrega esta bactéria nas suas glândulas salivares. O infectado não transmite a doença.

Sintomas: A pessoa infectada pode desenvolver sintomas de 2 a 14 dias após a picada, em média, uma semana. Estes sintomas podem praticamente serem muito fracos, o que dificulta o diagnóstico.
Nas pessoas que desenvolvem o quadro mais característico, a febre pode ser moderada a alta, chegando até 39 a 40 graus. Esta febre pode durar de 2 a 3 semanas e geralmente a pessoa tem que restringir as suas atividades, necessitando repouso no leito. É comum ter dor de cabeça intensa, dor no corpo, calafrios e edema dos olhos e conjuntivas.
Nos primeiros dias de febre pode aparecer a mácula, de onde vem o nome da doença. São lesões de pele, róseas, nos punhos e tornozelos, que progridem para o tronco e face e após, mãos e pés. Em 2 a 3 dias, estas lesões adquirem um certo volume e podem ser sentidas ao toque quando ficam de uma coloração mais forte. Após 4 dias podem ficar arroxeadas. Nas áreas de maior atrito, podem se unir e formar uma placa que se parece com um hematoma. Pode haver descamação nas áreas mais intensas. O local onde houve a picada pode formar uma úlcera necrótica semelhante à lesão de picada de aranha.
A doença pode evoluir para cura espontânea em 3 semanas. Porém nas formas mais graves, as lesões de pele são mais hemorrágicas podendo até ocorrer áreas de necrose nos dedos, nas orelhas, no palato mole e nos genitais. Podem ser acompanhados de sangramento de gengivas, do nariz, vômitos e tosse seca intensa. Os casos que necessitam de internação hospitalar são aqueles em que há um comprometimento sistêmico com pressão baixa, sangramento digestivo, desidratação e insuficiência ventilatória.
O diagnóstico diferencial se faz com outras doenças infecciosas que também se apresentam com lesões de pele e febre alta como febre tifóide, sarampo, rubéola, meningite meningocócica, leptospirose e malária.
É importante ressaltar que muitas pessoas podem ter esta infecção sem ou quase nenhuma lesão de pele ficando o diagnóstico muito difícil.

Diagnóstico: O diagnóstico de certeza se faz através de exames laboratorial do sangue do doente, através de sorologia e cultura.

Tratamento: A maioria das pessoas tem um curso benigno que necessita só de medicações como analgésicos, antitérmicos, hidratação oral e repouso. Estima-se que estas pessoas não chegam a procurar atendimento médico e a infecção tem uma resolução espontânea em algumas semanas. Os casos mais graves, quando diagnosticados, devem receber antibióticos específicos e medidas de suporte, muitas vezes necessitando até de tratamento intensivo.



ErliquioseÉ uma doença infecciosa que atinge os cães. É causada pela bactéria Erlichia e transmitida pelo carrapato. Transmissível ao ser humano.


Sintomas: Os sintomas são divididos em três fases: aguda (início da infecção), subclínica (geralmente assintomática) e crônica (nas infecções persistentes).
Na fase aguda da doença pde ocorrer febre (39,5 - 41,5 oC), perda de apetite e de peso, fraqueza muscular. Menos freqüentemente observam-se secreção nasal, perda total do apetite, depressão, sangramentos pela pele, nariz e urina, vômitos, dificuldade respiratória ou ainda edema nos membros. Este estágio pode se estabelecer por até 4 semanas e, ocasionalmente pode não ser percebido pelo dono.
A fase subclínica pode ocorrer algumas complicações tais como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas.
Caso o sistema imune do animal não seja capaz de eliminar a bactéria, o animal poderá desenvolver a fase crônica da doença. Nesta fase, a doença assume as características de uma doença auto imune, com o comprometimento do sistema imunológico. Geralmente o animal apresenta os mesmos sinais da fase aguda, porém atenuados, e com a presença de infecções secundárias tais como pneumonias, diarréias, problemas de pele dentre outras. O animal pode também apresentar sangramentos crônicos devido ao baixo número de plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), ou cansaço e apatia devidos à anemia.


Diagnóstico: Pode ser feito através da visualização da bactéria em um esfregaço de sangue (exame que pode ser realizado na clínica veterinária) ou através de testes sorológicos mais sofisticados, realizados em laboratórios especializados.

Tratamento: O tratamento é feito através de antibióticos.



Babesiose: é uma doença causada por um protozoário do gênero Babesia, espécie B. canis e tem distribuição mundial. É transmitida pela saliva do carrapato quando entra em contato com a corrente sanguina dos cães.


Sintomas: Devido à grande destruição das células vermelhas do sangue, o animal irá apresentar anemia, podendo também apresentar problemas na coagulação sanguínea. Outros sinais clínicos observados em cães afetados são: febre, letargia, perda de apetite, depressão, icterícia ou palidez nas mucosas (comum em animais anêmicos).


Diagnóstico: é feito através de uma boa anamnese, observando os sintomas, vendo se há ou se houve uma infestação por carrapatos no animal em questão e também através de exames laboratoriais, como o esfregaço sanguíneo que detectam a presença do parasita.


Tratamento: o tratamento tem sido feito com o uso de derivados de diamidas e imidocarb. Pode também ser feito o tratamento profilático em animais que irão viajar para áreas endêmicas, ou que vivem nelas, com o uso do imodocarb e doxiciclina.




Doença de Lyme: é uma doença infecciosa causada por espiroqueta transmitida por carrapato, caracterizada por lesão cutânea iniciada por uma pequena mácula ou pápula vermelha que aumenta lentamente, tomando uma forma anular. Em geral é única podendo ser múltipla e é denominada de eritema crônico migratório. Quando atinge 5 cm, é importante para a suspeita diagnóstica e alerta à vigilância epidemiológica. Essa doença é transmitida tanto para o homem quanto para o animal.


Sintomas: Manifestações gerais, como mal-estar, febre, cefaléia, rigidez de nuca, mialgias, artralgias migratórias e linfadenopatias, podem durar várias semanas ou mais, quando não é instituído tratamento. Semanas ou meses após o início do eritema crônico migratório, podem surgir manifestações neurológicas precoces, como: meningite asséptica, neurites de pares craneanos, paralisia facial, coréia, ataxia cerebelosa, radiculoneurite, motora ou sensitiva, mielite e encefalite.
Essas manifestações são flutuantes e podem durar meses ou se tornarem crônicas. Distúrbios cardíacos, também, podem aparecer após poucas semanas do eritema crônico migratório, como bloqueio atrioventricular, miocardite aguda ou aumento da área cardíaca. Meses após os sintomas iniciais, podem surgir edemas articulares, principalmente dos joelhos, que desaparecem e reaparecem durante vários anos. A doença pode ficar latente por longos períodos, após os quais apresenta manifestações neurológicas crônicas tardias, como encefalopatias, polineuropatia ou leucoencefalite. No líquido cefalorraquidiano, encontram-se pleocitose linfocítica e proteínas elevadas.


Diagnóstico: Clínico, epidemiológico e laboratorial. Utiliza-se a imunofluorescência indireta, ELISA e Western Blot. Como ainda não foram bem padronizados, a interpretação dos testes deve ser cautelosa, pois pacientes que recebem tratamento precoce podem apresentar sorologia negativa. A sensibilidade dessas provas aumenta nas fases mais crônicas de pacientes que não foram tratados; pode haver falso negativo em pacientes crônicos. Podem ocorrer reações cruzadas com sífilis, febre maculosa, febre recorrente, HIV, mononucleose infecciosa e lupus eritematoso. A Borrelia burgdorferi é isolada de material de biópsia das lesões eritema crônico migratório em, aproximadamente, 50% dos casos.


Tratamento: As lesões cutâneas nos adultos são tratadas com doxicilina, 100 mg (2 vezes ao dia), ou amoxicilina, 500 mg, VO, (4 vezes ao dia), durante 2 semanas. Se as lesões são disseminadas, prolongar o tratamento por 3 ou 4 semanas. Em crianças, usar 50 mg/kg/dia, VO, de amoxicilina fracionada em 4 vezes ao dia. Em indivíduos alérgicos, usar eritromicina ou cefuroxima. As artrites também respondem a ciclos de tratamento com os antibióticos citados por 4 semanas, via oral, acrescidos de probenecid. Nas manifestações neurológicas, usar ceftriaxona, 2 g/dia, 3 a 4 semanas, com 2 g de ceftriaxona, 1 vez ao dia, ou 20 milhões de UI de penicilina cristalina (fracionadas em 6 doses diárias), IV. Usar corticosteróides nos pacientes que não melhorem após 24 horas de antibioticoterapia.



Adaptações e créditos aos sites:
http://melhoramigo.wordpress.com
http://www.abcdasaude.com.br/
http://www.saudeanimal.com.br/
http://www.infoescola.com.br/
http://www.medicinanet.com.br/

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